quinta-feira, 30 de outubro de 2014

FILOSOFIA E A FORMAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

     SERVIÇO SOCIAL
Como fazer uma relação entre a Filosofia e a Profissão do Assistente social? Segundo Aranha (1993), a filosofia é a possibilidade da transcendência humana, ou seja, a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada e não-escolhida. Nesse tocante, a filosofia se enquadra no campo da formação do Assistente social, como um mecanismo de articulação do conhecimento filosófico com a prática social, pois toda atuação no campo social, requer posturas observáveis, investigativas, com aspectos e indagações filosóficas centradas na intenção visível de conhecer o que se está sendo posto.
Atualmente, o Profissional Assistente Social atua num campo social em que será cotidianamente treinado para a prática assistencialista. Vários são os projetos que visam exclusivamente o assistencialismo, com práticas e critérios vivenciadas a partir do clientelismo político. Assim, como associar a filosofia à falta de ética no campo político, onde está mergulhado o assistente social? A filosofia, surge neste campo como fundamento ideológico contrário ao saber anti-ético tão inflamado e presente dentro das instituições sociais no mundo globalizado.Vivenciam-se nos estados e municípios deste país, um conglomerado contingente de projetos sociais com ênfase no assistencialismo, com transferência de renda atrelada ao clientelismo político eleitoral. Neste tocante, cabe ao assistente social, ser o elo de indagação sobre o que se está posto e a real situação observável, partindo da concepção filosófica de que necessário se faz usar dos princípios éticos para a construção e desenvolvimento de políticas públicas em que o ser humano seja o centro, e não que o centro seja os interesses individualistas do clientelismo político.
Portanto, a grande e dura tarefa do Profissional Assistente social, aliada à sua formação com enquadramento também filosófico, é se colocar a serviço dos mais favorecidos, a partir do trabalho e do exercício técnico da profissão, sabendo que sua formação é sobretudo a vocação para o trabalho com os excluídos. Assim, a relação que se pode estabelecer entre a filosofia e a formação do assistente social é a possibilidade que este terá de sair-se do seu próprio imobilismo.

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